1 Coríntios 1:20
Leia Lucas 2:1-20
Todo entendimento nas coisas de Deus vem de Sua revelação, e não dos raciocínios dos homens. Portanto, aquele que é simples vai mais longe no entendimento das coisas espirituais do que aquele que é sábio e entendido neste mundo. Feliz aquele que captou assim a intenção de Deus de modo a poder estar identificado com ela, e não querer nada mais senão Deus! Foi assim no caso dos pastores em Lucas 2. Eles pouco compreendiam da grande intenção de Deus, mas foi a eles, e não aos entendidos, que Deus Se revelou. Nossa verdadeira sabedoria vem através do que Deus revela, mas nunca nos apoderamos das mais plenas bênçãos de Deus enquanto não nos encontramos na condição em que a carne é subjugada - digo isto em relação ao andar.
Não podemos entrar no mais simples gozo e poder de Deus até que aceitemos a posição de humildade e humilhação, até que o coração seja esvaziado daquilo que é contrário à humildade de Cristo. Aqueles pastores estavam no tranquilo cumprimento de seu humilde dever, e é este o lugar de bênção. Qualquer um que esteja mantendo relações com o mundo não está andando com Deus. Da manjedoura até a cruz, tudo em Cristo era simples obediência. Quão diferente deste perfeito exemplo foi Teudas, que se gloriava de ser alguém! (At 5:36). Cristo fez tudo da maneira de Deus, e devemos aprender a agir assim também.
A glória do Senhor resplandeceu para os pastores; o anjo falou a eles; o sinal foi dado, e que sinal! "Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus" (Lc 2:12-13). O que foi que causou essa explosão de louvor? "O mistério da piedade: Aquele que Se manifestou em carne" (1 Tm 3:16). A esperança de Israel era revelada aos pastores; eles escutaram as boas novas de grande alegria para todo o povo, pois Jesus é o centro de todos os conselhos de Deus em graça. O próprio Adão era uma figura dAquele que haveria de vir. Cristo sempre esteve nos pensamentos de Deus. Não é todo dia que manifestações assim da Sua glória são mostradas a olhos mortais, mas Deus as coloca diante de nós em Sua Palavra, e devemos todos os dias seguir o sinal dado: o Senhor Jesus. Se Ele enchesse nossos olhos, ouvidos, e nosso coração, quanto nós veríamos dos efeitos disso em nós; nossa pessoa, espírito, modo de falar, vestimenta, lar, uso do dinheiro, etc.
Tal é, então, o sinal do cumprimento da promessa de Deus, e da Sua presença no mundo - um Menino em uma manjedoura. Mas Deus é encontrado ali, embora estas coisas estejam longe do alcance do homem que não pode andar com Deus e nem entender Sua glória moral. Mas o sinal de Deus está ao alcance da fé; é o sinal de perfeita fragilidade, um Pequenino nascido neste mundo, O qual era o próprio CRISTO, O SENHOR; foi esse o lugar que Deus escolheu - o degrau mais baixo. A intervenção de Deus é reconhecida por um sinal como este; o homem nunca teria buscado por algo assim. As hostes celestiais, louvando a Deus, diziam, "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens" (Lc 2:14).
Nada poderia ser mais elevado ou mais espantoso (exceto a cruz) para aqueles que têm a mente do céu. O coro vê, lá de cima, Deus manifestado em carne, e louva a Deus nas alturas. Eles se regozijam por Ele encontrar Suas delícias com os filhos dos homens (Pv 8:31). Outrora Deus havia Se revelado a Moisés em uma chama de fogo que não consumia o arbusto, e aqui Ele Se revela de modo ainda mais maravilhoso, na coisa mais fraca que há sobre a Terra. Trata-se de um pensamento infinito no seu sentido moral, embora desprezível aos olhos do mundo. Quão difícil é aceitar que Deus opera por meio da fraqueza do homem! Os governantes do povo viram em Pedro e João homens ignorantes e iletrados.
A fraqueza de Paulo em Corinto foi a prova de seus amigos, a repreensão de seus inimigos, a vanglória do apóstolo. A força do Senhor é aperfeiçoada na fraqueza. O espinho na carne tornou Paulo desprezível, e ele pensou que seria melhor se fosse removido. Ele tinha que aprender a lição: "A Minha graça te basta" (2 Co 12:9). A regra de ação de Deus é escolher as coisas fracas. Tudo deve se apoiar no poder de Deus, do contrário a obra de Deus não pode ser feita em conformidade com o Seu propósito. É difícil de se acreditar que seja necessário ser fraco para fazer a obra de Deus, mas Cristo "foi crucificado por fraqueza", e "a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens" (2 Co 13:4; 1 Co 1:25).
Para executarmos a obra de Deus é preciso que estejamos fracos, "para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (2 Co 4:7). Uma obra assim irá permanecer quando a Terra for abalada.
"Where is the Wise, Where is the Scribe", Christian Truth, Vol. 38, Nº 8, Ago. 85, Pág. 199.
Estudos das Escrituras
... estudos e mensagens sobre a Palavra de Deus...
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
sábado, 2 de maio de 2015
A GLÓRIA DE DEUS VISITOU ESTE MUNDO
A
primeira visita da glória de Deus a este mundo foi quando Deus
escolheu uma família para tornar-se um povo, para tornar-se uma
nação - a nação de Israel. Deus tratou pessoalmente com aquela
nação. A este povo Ele Se exibiu em poder (Dt 4:37).
Ele
os tirou do Egito com Sua grande força e poder.
Ele
os guiou e alimentou por quarenta anos através de um grande deserto,
e os introduziu na terra prometida com Seu poder (Sl 105:39-45).
A
glória de Deus apareceu no mais magnífico templo com que esta Terra
já foi agraciada, nos dias do grande rei Salomão (2 Cr 7.1).
Mas
pela indiferença à presença de Deus em poder e glória em seu
meio; pela desobediência às Suas leis escritas pessoalmente por
Ele; pelo desprezo à terra aprazível (Sl 106:24); e por virarem as
costas a Deus e se voltarem a ídolos pagãos (Os 1:6), a glória de
Deus voltou ao céu (Ez 1:1-25,28).
Essa
volta não foi forçada, mas por não poder encontrar repouso nesta
terra corrompida, a glória voltou ao céu.
Seguiu-se
um intervalo de 500 anos.
Então
a glória voltou a esta Terra na Pessoa de Jesus Cristo, o próprio
Deus. Esta foi uma visita da graça! A glória e a graça
encontravam-se em humilde bondade e amor. A única esperança do
mundo está em o Filho de Deus fazer-Se Homem (Is 4:5-6; 7:14). E Ele
assim o fez!
Mas,
oh! aquela glória em Cristo foi também rejeitada. E mais: desta vez
expulsa à força deste mundo, na vergonha, rejeição e violência
da cruz. Mais uma vez Deus foi-Se embora e voltou ao céu.
O
céu tem estado misteriosamente silencioso por já 1900 anos.
Então
haverá um terceiro retorno da glória, formalmente na Pessoa do
Senhor Jesus. Desta vez retornará para reinar sobre esta Terra em
poder judicial, prosperidade e paz - os 1000 anos, ou milênio. Céus
e Terra estarão ligados como que por uma escada, e a justiça
reinará (Os 2:19-23).
Todavia,
maravilha das maravilhas, há um grande mistério entre a segunda e a
terceira visitas a esta Terra; uma vinda invisível, secreta e
pessoal daquela glória, a Pessoa do Espírito Santo vinda ao coração
e corpo, hoje, de cada crente no Senhor Jesus Cristo.
Por
meio da morte, do sangue derramado, da ressurreição e ascensão do
Filho de Deus, foi aberto o caminho para que o conjunto dos crentes
redimidos desfrutem hoje, em sua plenitude, a habitação do Espírito
Santo, individualmente e coletivamente.
E
há mais! A qualquer momento, nós, crentes em Cristo, juntamente com
o Espírito Santo, seremos arrebatados, trasladados para aquela mesma
glória, juntamente e semelhantemente ao amado Filho de Deus, para
sermos banhados para sempre pelo fulgor daquela imaculada e eterna
glória (1 Cr 29:10-13).
N.Berry
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