A cruz de Cristo, não
só tirou os pecados do crente, como rebentou para sempre com os
laços que o uniam ao mundo. Por isso o crente tem agora a alegria de
se considerar crucificado para o mundo e o mundo crucificado para
ele. É esta a posição correta no que se refere a ele e ao mundo.
O juízo exercido pelo mundo sobre Cristo torna-se evidente pelo
lugar que o mundo Lhe deu, ao escolher deliberadamente um homicida em
vez de Cristo, a quem crucificou entre dois malfeitores, enquanto
libertava o que merecia mesmo o castigo. Se o crente segue os passos
de Cristo, se une em espírito com Ele e se manifesta como tal,
ocupará o mesmo lugar que Jesus Cristo ocupou na consideração
desde mundo. Conhecerá então, na prática, a verdade de ser
crucificado com Cristo diante de Deus.
A cruz rompeu as
cadeias que nos uniam a este mundo, e a ressurreição introduziu-nos
sob o poder dos novos laços e novas relações. Enquanto que na cruz
vemos o juízo do mundo a respeito de Cristo, na ressurreição vemos
o veredicto de Deus pelo qual – também Deus o exaltou
soberanamente – ( Fil 2:9). O homem deu-lhe o lugar mais
importante; e como o crente é chamado a desfrutar da plena comunhão
com Deus, em seus pensamentos a respeito de Cristo, também
participará do lugar que o mundo deu a Cristo, o de ser
crucificado... O mundo e o cristão não podem ter nada em comum; e
nada terão, excepto naquilo em que o crente negue a seu Senhor e
Mestre. Na medida em que o crente se identificar com este mundo, na
mesma medida se revelará a sua infidelidade para com o Senhor,
constituindo-se então inimigo de Deus.
C.H.M
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