sábado, 8 de novembro de 2014

Quem é Jesus?



 K. Heslop

O mundo hoje está cheio de confusão e engano acerca de Jesus; quem Ele é, o
que fez, e o que ensinou. Parte disso se deve à ignorância, mas muito é resultado da obra de Satanás para manter os homens afastados de Deus. Apesar de ser Jesus o fundamento da fé cristã, nem sempre temos uma compreensão clara de Quem Ele é! Dizer que Jesus é Deus santo, e perfeito Homem é verdade, mas parece ser uma contradição. Nossa mente finita tem dificuldades para compreender o conceito de um Deus divino. Mas em Jesus vemos tanto a divindade como a perfeita humanidade.

Um Menino... Um Filho Em Isaías 9.6 lemos estas maravilhosas palavras proféticas: "Porque um menino nos nasceu, um Filho se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o Seu nome:

Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Neste versículo são mencionadas tanto Sua humanidade como Sua divindade; "Porque um menino nos nasceu", mostra Sua humanidade; "um Filho se nos deu" mostra Sua divindade. Voltando ao sétimo capítulo, versículo 14, Isaías escreveu: "Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o Seu nome Emanuel" (que significa Deus conosco). Indo ao Novo Testamento podemos continuar com a história de Sua vinda no evangelho de Lucas, capítulo 1. No versículo 31 o anjo diz a Maria: "E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus".

Maria concebeu e deu à luz um filho, o que fez dEle um Homem completo. "E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o
Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lc 1.35). É importante reconhecer que embora Jesus tenha Se tornado um Homem, Ele é sempre Deus. Deus é eterno, não tendo nem começo e nem fim. Jesus confirmou isto quando respondeu à jactância dos judeus que se declaravam filhos de Abraão.

Quando ele afirmou, "Antes que Abraão existisse, Eu sou" (Jo 8.58), eles tentaram apedrejá-Lo pois reconheceram em Sua afirmação uma confirmação de sua eterna divindade. Declarado Filho de Deus Paulo escreveu aos cristãos romanos: "Acerca de Seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos" (Rm 1.3,4). Aqui, bem no começo de suacarta aos crentes em Roma, Paulo confirma tanto a humanidade como a divindade de Jesus Cristo. Jesus "nasceu da descendência de Davi segundo a carne". Isso aconteceu há quase dois mil anos quando Cristo nasceu de uma virgem em um estábulo em Belém.

Mas repare que as Escrituras são cuidadosas aqui em fazer uma distinção. Embora Se tenha tornado um Homem, ele foi "declarado Filho de Deus". Nada aqui sugere que Ele tenha Se tornadoFilho de Deus. Como Filho de Deus Ele é o EU SOU, Aquele que sempre existiu. João começou seu evangelho com a declaração de que "no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus... e o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós... cheio de graça e de verdade" (Jo 1.1-14). Quanto cuidado da parte de Deus em registrar um testemunho da divindade de Seu amado Filho. Em Hebreus, no primeiro capítulo, lemos que Deus nos falou "pelo Filho, a Quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.

O qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da majestade nas alturas" (Hb 1.1-3). Jesus Cristo é a própria essência de Deus. Verdadeiramente, em Cristo "habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9).

Eis-Me Aqui Todavia jamais teríamos conhecido o infinito amor de Deus se Cristo não tivesse tomado sobre Si o corpo de um Homem. Isaías escreveu, profeticamente: "Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6.8). Lemos as palavras de Jesus Cristo em Hebreus 10: "Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a Tua vontade". "Porque Deus enviou o Seu Filho ao Mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele" (Jo 3.17). "Cristo Jesus... tomando a forma de servo, fazendo- Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou- Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Fp 2.7,8).

 Cristo deixou o esplendor do céu, tomou sobre Si a forma de um servo e foi obediente até à morte. Assim Deus declara, das alturas do céu, "Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo" (Mt 3.17).
Cristo cumpriu perfeitamente a vontade de Seu Pai. Ao olhar adiante, para a cruz, estando ainda no jardim no Monte das Oliveiras, sua oração a Seu Pai foi completa submissão:

"...não se faça a Minha vontade, mas a Tua" (Lc 22.42). "Todavia, ao Senhor agradou moê- Lo, fazendo-O enfermar... Ele verá o fruto do trabalho da Sua alma, e ficará satisfeito" (Is 53.10,11). Nosso Perfeito Sacrifício Encontramos em Jesus Cristo nosso perfeito sacrifício. O israelita era instruído na lei de Moisés a levar um cordeiro que fosse limpo e sem mancha para oferecer como sacrifício pelo pecado.

Aqueles sacrifícios "nunca podem tirar pecados"(Hb 10.11), todavia precisavam ser oferecidos continuamente. Abraão, falando profeticamente, disse a Isaqueque Deus iria prover para Si um cordeiro para o holocausto. O apóstolo João registra as palavras de João Batista quando viu o cumprimento daquela profecia: "E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus" (Jo 1.36). Mais tarde, João viu na cruz o seu Mestre e Senhor crucificado, e o soldado com uma lança furando o Seu lado, e o sangue que saiu.

Sua reação foi proclamar "E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais" (Jo 19.35). Anos mais tarde, ao escrever suas epístolas ele, sem dúvida alguma, se lembrou daquela cena, e escreveu: "O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 Jo 1.7). "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1).

Além de Deus haver deixado registrado a perfeita humanidade sem pecado de Seu amado Filho para que todos pudessem ler, Ele declarou ser Cristo Seu Filho, ressuscitando-O dentre os mortos. As autoridades haviam procurado manter Jesus no sepulcro colocando uma enorme pedra em sua entrada, selando-a, e colocando guardas. Mesmo assim o poder de Deus foi demonstrado ao manifestar publicamente Seu Filho como ressuscitado dentre os mortos. Cristo ressuscitou triunfante, rompendo as cadeias da morte e do inferno. Regozijemo-nos e louvemos a Ele, como fez o escritor deste hino:

Morte Ele assim provou, a sepultura,
Três dias O guardou, Cristo, o Senhor!
Morto Ele não ficou!
Triunfante, Cristo Ressurgiu!
A vitória sobre a morte ali ganhou
E no céu, vitorioso, Cristo entrou.
Ressurgiu! Ressurgiu! Aleluia! Ressurgiu!

"Quem é que condena? Pois é Cristo Quem morreu, ou antes Quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós" (Rm 8.34). Jesus Cristo, o Filho de Deus, que me amou e Se deu a Si mesmo por mim, está agora sentado no céu intercedendo por nós diante de Seu Pai.
[K. Heslop]

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Missionários





A palavra “ Missionários” traz à mente a imagem de cristãos intrépidos viajando para terras distantes para falar a rudes selvagens acerca do amor de Deus. Eles atravessam indescritíveis perigos e enfrentam imensos obstáculos sem que sejam abalados em sua fé em Deus. Um “ missionário” parece ser alguém com uma força espiritual muito maior do que aquela que eu tenho, ou possa esperar possuir. Pelo menos é isto o que eu gostaria de acreditar. Pensamentos como estes ajudam a me desculpar por minha própria falta de interesse em falar a outros do grande amor de meu Salvador. Eu preferiria deixar esta tarefa para aqueles “ maravilhosos missionários” . Minha consciência é aliviada pela ideia de que eles são muito melhores do que eu para pregarem o evangelho. Além disso, os missionários vão aos países distantes para pregar – será que vão?


Nossa Missão


“ E como pregarão, se não forem enviados?” ( Rm 10:15). Um missionário é alguém que foi enviado em uma missão. A missão não é dele, tampouco foi ele quem escolheu ir de sua própria vontade; ele é enviado. A missão é do Senhor, e é o próprio Senhor quem envia. Mas a quem Ele envia? Aqueles que desejam ir. Será que tenho o desejo de ser enviado para onde o Senhor desejar? Todo filho de Deus pode ser um missionário, enviado pelo Senhor para executar uma missão. “ De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo” ( 2 Co 5:20). Esta é a nossa missão: falarmos por Cristo, contarmos aos outros o amor de Deus. O importante não é para onde somos enviados, e sim a missão na qual estamos sendo enviados. Não existe um único filho de Deus sobre a face da terra que, embora desejoso de ir, deixe de ser enviado em uma missão. “ Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo” ( 2 Tm 4:2). Uma única missão; a missão para cada filho de Deus.


Em casa


“ Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez” ( Mc 5:19). Com quantas pessoas eu me encontro a cada dia, as quais não conhecem o amor de Deus? Eu não tenho que viajar para terras distantes para contar aos outros o que o Senhor tem feito por mim. Meu campo missionário pode estar em minha vizinhança, meus amigos, aqueles com quem trabalho, ou meus colegas de estudos. O Senhor pode me enviar a falar a um estranho na rua. Minha
missão é contar aos outros quão grandes coisas o Senhor fez por mim.


Em lugares distantes


“ Ide por todo o mundo, pregai o evangelho” ( Mc 16:15). Pode ser que algum dia o Senhor me envie para terras distantes a fim de pregar o evangelho. Não há diferença entre ser um missionário em casa e ser um missionário em terras distantes. É o Senhor quem envia Seu servo. O Senhor também providencia a mensagem : Seu grande amor. Portanto, quer seja aqui ou alí, eu sou enviado. Para onde ou para quem quer que seja, eu tenho a missão de pregar o evangelho.


De quem é a obra?


“ Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Pelo que, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” ( 1 Co 3:6,7). A obra que eu devo fazer, a missão que devo cumprir, não é minha pois sou apenas um servo. Deus escolhe o obreiro, Deus dá a graça necessária para executar a obra, e Deus dá o crescimento. Portanto onde quer que eu plante ou regue, a obra é do Senhor. Talvez eu não veja fruto deste trabalho, mas isto pertence ao Senhor, não a mim.


As pequenas coisas


Talvez eu nunca seja enviado para terras distantes, e talvez nunca seja chamado a servir em alguma grande obra. Ainda assim existirão pequenas missões nas quais eu poderei ser enviado. Talvez a missão que me seja dada “ o que tendes, retende-o até que eu venha” ( Ap 2:25). O Senhor logo vem; vamos conservar o que temos. Talvez eu possa ser enviado para “ levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados” ( Hb 12:12). Minha missão pode ser de encorajar outros que foram enviados a pregar o evangelho. Onde quer que seja; para o que quer que seja; eu sou enviado! Que a oração do meu coração possa ser: “ Senhor, que queres que eu faça?” ( At 9:6)

K. Heslop

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Expectativa




H. Witherby- Christian Treasury Jan/87





Amado, paremos um pouco para considerar quanto tempo ainda resta até que vejamos a face do Senhor! Sua face, Sua própria face, Aquele que é "o mais distinguido entre dez mil" (Ct 5:10 V. Atualizada), o "totalmente desejável" (Ct 5:16) - Jesus, nosso Senhor. Alguns de nós ainda são jovens; outros já estão velhos, mas mesmo que Ele não venha nos buscar no tempo de vida que nos resta aqui, Ele não tardará. Se for este o caso, é certo que no máximo em pouquíssimos anos já estaremos vendo Jesus.

Pode ser o caso de você se encontrar deitado em seu leito, o corpo perecendo à medida em que se aproximam os seus últimos momentos. Então seriam momentos nos quais sua alma deveria tão somente estar se esforçando para vislumbrar a Sua Pessoa. Ele iria sorrir para você, enquanto seus amigos poderiam notar a beleza do Senhor brilhando em seu semblante, e testemunhariam de seu sorriso de saudação correspondendo ao dEle, à medida em que seu espírito se apressasse para estar para "sempre com o Senhor" (1 Ts 4:17).

O que é esta vida? É um vapor que surge por um pouco de tempo, e então se desvanece (Tg 4:14). Sim, é certo, mas trata-se do tempo que você dispõe para conhecer o Senhor e passar a ansiar por vê-Lo. Volte, irmão, ao amor de Jesus. Sim, pois muitas de nossas primaveras já se passaram. Acaso não é igualmente certo que aquela antiga doçura de dedicada afeição que tínhamos para com Ele já se foi? Será que não O amamos mais como antes? Será que a medida de nosso amor para com Ele, assim como a qualidade deste amor, diminuiu? Ele conhece todas as coisas; deixemos que Ele responda e acatemos isso em silêncio.

Muito embora o frescor de outrora tenha se acabado, assim como o vigor de nossa infância já não se encontra em nosso rosto, estamos ganhando em anos, e cada ano que passa nos declara: - Estamos mais perto do lar, mais perto do Senhor Jesus -. Aqueles que já viveram até à meia-idade, já viveram o suficiente para ter seus corações partidos.

Parece ser esta uma das maiores razões de sermos deixados a viver por vários anos na escola da vida. Pudemos presenciar nossos pais morrendo, pudemos ver o espírito de nossos filhos subindo para o lar, e pudemos sentir a presença do Senhor à beira do leito de morte, tanto de velhos como de jovens. Já vivemos o suficiente para que, por muitas vezes, nosso coração fosse sarado por Sua mão, à medida em que fomos sendo quebrantados pelas tristezas da vida. E, a cada ano que passa, o céu não somente fica mais perto, mas também mais precioso ao nosso coração; mais tesouros são depositados lá à medida em que os anos vão passando, e cada época de nossa vida nos ensina coisas acerca de Jesus que nunca teríamos imaginado se não fossem as tristezas.

Ele é tão real, como alguém que é o mais amado em nosso coração; tão perto quanto um amigo que se fez mais próximo do que um irmão. Portanto, paremos para avaliar qual o maior tempo que ainda possamos ter que ficar aqui até que vejamos Sua face. Sabemos qual é o menor tempo que ainda pode nos restar: "um momento, um piscar dos olhos"; sim, podemos subir para o lar antes mesmo do próximo "tic" do relógio, pois Ele virá e não tardará. Mas pensemos no maior tempo, quanto poderia ser? Fiqueum pouco a sós com o Senhor e considere o que será Sua saudação, e seu encontro com Ele, podendo olhar bem nos Seus olhos!

O que é a vida? É um momento privilegiado para glorificar o Senhor neste mundo.

Somos deixados aqui para andarmos como Ele andou - para brilhar como luzes no mundo, e isto por Ele - para sermos Sua carta, conhecida e lida por todos os homens. E quanto mais pensamos em vê-Lo, mais iremos desejar agradá-Lo. Seria demais dizer que muitos que pertencem ao Senhor possuem uma barreira entre suas afeições e o coração do Senhor? Existe um obstáculo. Não estão brilhando. Tais pessoas têm paz por meio do sangue de Cristo, mas Sua paz não está preenchendo seus corações. Não há proveito algum em esconder a verdade - muitos do povo de Deus não estão, neste exato momento, em comunhão pessoal com Cristo. Falta expressão às afeições espirituais.

 Há características próprias do cristianismo, mas o olho espiritual carece de brilho; Jesus não Se encontra próximo àquela alma; Cristo não está habitando no coração pela fé. Para tal pessoa não está sendo o céu na Terra e tampouco há um anseio por Cristo. Inteligência espiritual não é o mesmo que afeição espiritual, e sem o amor que move esta afeição, a lâmpada está obscurecida.

Volto a dizer, fique a sós com o Senhor; medite naquele momento que se seguirá à vida neste mundo, quando iremos ver Sua face. Que bálsamo é isto para a presente aflição espiritual! Alguns sugerem um tipo de cura para a condição da alma, outros sugerem outra, mas todas falham a não ser esta: Jesus, e somente Ele. Damos graças a Deus pelas doutrinas, e agradecemos mais ainda por ser cada doutrina uma porta que se abre para a presença do Senhor. Estaremos nós do lado de fora destas portas?

Muitos de nós estão! Sabem muito bem como são tais portas. Existe a porta de madeira de acácia, a de prata, a de ouro - o conhecimento de Sua humanidade sem mácula, Seu sangue redentor e a glória do Pai por meio dEle. Experimente abrir a porta de Sua humanidade, e contemple-O! Diante de você está o Homem perfeito. Abra a porta de prata da redenção e veja Suas feridas, outrora se esvaindo em sangue. Abra a porta de ouro e olhe para Ele, no lugar onde Ele mesmo Se encontra em glória nas alturas.

Nossos corações precisam tão somente de Jesus; busquemos mais Sua bendita companhia. Sua presença irá derramar santo esplendor sobre nosso ser. Um pouco mais e caminharemos junto com Ele em alvas vestes. Hoje mesmo nossas palavras estariam expressando a única língua do céu, se apenas nos deixássemos estar em Sua presença.

Que mudança ocorreria em nós se nosso coração estivesse conformado a Cristo.
As contendas de palavras cessariam, o orgulho se desvaneceria, o pecado seria
confessado, e os homens reconheceriam que havíamos "estado com Jesus" (At 4:13).

sábado, 1 de novembro de 2014

“NO PRINCIPIO CRIOU DEUS...”

“NO PRINCIPIO CRIOU DEUS...”

“No principio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo” ( Gênesis 1:1,2)
Hoje existem muitas pessoas que duvidam do relato da criação efetuada pela mão de Deus, conforme nos é apresentado na Bíblia. Dizem que não existe Deus, e que tudo o que há ao nosso redor, inclusive o homem, simplesmente apareceu. Querem nos fazer crer que este mundo complexo e maravilhoso surgiu de uma nuvem de gases quentes.

As pessoas estão satisfeitas em aceitarem como verdade esta teoria improvada e impossível pois não querem reconhecer Deus e o Seu direito sobre elas.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” ( Heb 11:3).
Porque as suas coisas invisíveis desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles se fiquem inescusáveis” ( Rom 1:20). “ E como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso” ( Rom 1:28)

Infelizmente existem crentes verdadeiros que também trazem pensamentos errôneos a respeito da criação. Acreditam que Deus criou o mundo como o conhecemos hoje, do principio ao fim, em exatamente seis dias. Mas o que diz a Bíblia? “ No principio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo” (Gênesis 1:1,2).
No versículo dois as palavras “ sem forma e vazia” podem também ser traduzidas “ caótica e vazia” ( N.R. Caótica significa estado de confusão e desordem). Também em Isaías 45:18 lemos, “ Porque assim diz o Senhor que criou os céus, o único Deus, que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a fez para ser um caos, mas para ser habitada” ( Versão Revista e Atualizada). Uma vez que Deus deixa claro que não criou a terra caótica, devemos concluir que existe um intervalo de tempo entre Gênesis 1:1, “ No principio criou Deus os céus e a terra”, e Gênesis 1:2 “ E a terra era sem forma e vazia...”. No primeiro versículo nos é revelado que Deus criou a terra para ser habitada. No versículo dois a terra está um caos, e vazia. O que aconteceu nesse intervalo? Deus não nos diz o que aconteceu, apenas que Ele não criou a terra naquelas condições, caótica e vazia.

Não sabemos quanto tempo se passou entre Gênesis 1:1 e Gênesis 1:2, tampouco precisamos saber. Os cientistas apontam para os fósseis e dizem ter eles milhões ou bilhões de anos. Podemos dirigir nossos pensamentos para o passado, e, não importa quão longe possamos voltar no tempo, sem dúvida encontraremos Deus ali. O universo e o mundo no qual vivemos não são fruto do acaso, e nem o resultado de algumas inexplicáveis leis da natureza. Eles foram criados pela mão de um Deus infinito. “ Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” ( Sl 33:9).

Sabemos que Deus colocou a terra em ordem, na forma que a conhecemos hoje, em seis dias. Começando a partir de uma terra que estava caótica e vazia, Deus colocou em ordem os luzeiros no firmamento, e criou a vida vegetal, vida animal e o homem em seis dias. Será que com isso Deus gostaria de nos ensinar alguma coisa?

O milagre daquele primeiro dia em que Deus resgatou a terra da ruína e escuridão nos mostra, em figura, Sua graça sempre presente para o coração arruinado e em trevas. Deus criou nosso coração para ser habitado. Era Seu desejo encher aquele coração com o Seu amor. Mas o homem em sua impiedade fez com que ficasse arruinado e vazio. Então Deus disse como outrora “ Haja luz. E houve luz”. “ Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo” ( 2 Co 4:6). Somente Deus pode trabalhar no coração e criar vida e luz. Uma vez que Deus cria vida no coração, Ele o preenche com maravilhas do Seu amor que o homem nunca antes conhecera. “ Como também nos elegeu n'ELe antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante d'Ele em amor” ( Ef 1:4). “ E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” ( Gn 1:31). Os caminhos de Deus são perfeitos e além de nossa compreensão. Devemos nos maravilhar diante dos Seus amorosos modos de misericórdia e graça ao tratar conosco.

W. Kelly